Onde tudo começa...
Para começar esta aventura pela Matemática, a docente propôs a realização desta tarefa que permite visualizar a importância da matemática na sociedade atual.
Assim, para iniciar o tema, a docente propôs-nos uma pesquisa orientada acerca de vários assuntos desta área disciplinar, em turma. Desta forma, cada estudante procurou algumas informações relevantes para o tema em questão, colocando-as num documento Docs na Drive, para que, após, pudesse existir uma discussão em grande grupo, conjuntamente com a docente, acerca dos temas realçados. De acrescentar, que esta tarefa foi realizada através de algumas questões e documentos de autores fornecidos pela docente, fornecendo, para o presente portefólio, ênfase a algumas, que exponho de seguida.
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Primeiramente, é necessário perceber "O que é a matemática"; neste sentido, importa referir que os diferentes autores, Davis & Hersh (1995), Ponte & Serrazina (2000) e Ponte et al. (1997), consideram que esta é uma área do saber bastante difícil de definir, devido a um dado conjunto de processos históricos e sociais, sendo esta uma ciência em constante mudança. Além disso, a Matemática é um modo de pensar que ajuda a revelar aspetos fundamentais do mundo em que vivemos. Porém, ela desenvolveu uma linguagem própria que completa a linguagem natural. Assim, é possível afirmar que a Matemática não é apenas uma ciência, é também uma linguagem. Tal linguagem sustenta a atividade de domínios como a Economia, a Engenharia e a Medicina. Deste modo, é possível definir a Matemática como uma ciência objetiva que aborda certos temas básicos e intuitivos da experiência e prática humanas, por formas constantemente em elaboração, através de uma cada vez mais engenhosa aparelhagem de dispositivos técnicos e conceitos simplificadores.
Seguidamente, destaco a questão "Que relação existe entre a matemática e a realidade?", que promove investigar acerca da presença desta área disciplinar no mundo atual. Assim, a pesquisa sobre este tema permitiu compreender que a Matemática e a realidade apresentam uma relação análoga. Na Matemática, o lógico decompõe cada demonstração num número muito grande de operações elementares, contudo, depois de analisarmos cada uma dessas operações e constatarmos a correção de cada uma delas, não teremos ainda compreendido o verdadeiro sentido da demonstração: não estará ainda em[RS1] nossa posse toda a realidade. Assim, tal como um naturalista não conheceria totalmente um elefante se só o estudasse ao microscópio ou tal como os átomos/células não são a única realidade possível, na Matemática também não há essa única realidade, há várias - na Análise pura (a lógica), há mil caminhos diferentes por onde podemos embrenhar com confiança. Na mesma linha de pensamento, podemos analisar a questão "Que efeitos/importância têm as aplicações da matemática?", que contribui para verificar que qualquer relação matemática significativa deve ter um papel significativo nos fenómenos do mundo físico, biológico ou social.
Por fim, realço a questão "Até que ponto a matemática que se ensina é útil? Perspetivas ao longo do tempo?", para a qual se verificou que esta área disciplinar poderá ser útil para diversas pessoas, por diferentes razões (sejam elas pessoais ou profissionais). A título exemplificativo, um pedagogo considerará a matemática útil por nos ajudar a pensar e a raciocinar com rigor, já um professor, poderá considerá-la útil por lhe fornecer sustento. Ademais, o ensino da matemática tem tendência para ser visto como um processo de doutrinação nessa área, com exclusão de qualquer abertura a outros tipos de experiência e de perspetivas. Esta perspetiva impede a conexão com outras áreas, o que não permite a evolução do conhecimento.
Reflexão

Na minha opinião, esta atividade tornou-se importante para iniciar os conteúdos programáticos da UC em questão, visto que permitiu uma visão mais abrangente de diversos temas que irão ser abordados e explorados ao longo do semestre.
Da amostra escolhida desta tarefa, destaco essencialmente duas frases: "na Matemática também não há essa única realidade, há várias - na Análise pura (a lógica), há mil caminhos diferentes por onde podemos embrenhar com confiança" e "o ensino da matemática tem tendência para ser visto como um processo de doutrinação nessa área, com exclusão de qualquer abertura a outros tipos de experiência e de perspetivas". A meu ver, a primeira, vem complementar a segunda, mostrando que apesar de o ensino ser visto da forma acima descrita, tal não é verdade, já que a matemática tem a capacidade de promover o raciocínio dos alunos, podendo estes ser diferentes e encontrar a mesma solução. Desta forma comprova-se também a inexistência de uma fórmula para os alunos aplicarem. Assim, destaca-se o papel do professor em contribuir para a demonstração da inexistência de um único caminho para chegar às soluções, algo que ainda se encontra bastante mecanizado na sociedade atual.
Além disso, menciono como aspeto positivo a dinâmica criada ao longo desta tarefa. Efetivamente, o trabalho de pesquisa tem-se evidenciado fulcral ao longo do meu desenvolvimento pessoal e profissional, sendo algo que gostaria de levar para a sala de aula enquanto futuro agente educativo. Na verdade, fornecer aos alunos os documentos orientar a sua pesquisa através de algumas questões para que se foquem no essencial, é uma boa estratégia para promover o processo de ensino-aprendizagem dos mesmos. Ainda, tal estratégia promove o papel ativo dos alunos, uma vez que são estes quem procura as respostas e, num momento posterior, envolvem-se na discussão e no debate das ideias que encontraram. Nesta fase, reforça-se o papel que o professor possui enquanto mediador destes debates e garantir que existe o respeito pelas diferentes opiniões e que os alunos argumentam e defendem as suas respostas.